As megas raves e a cena underground brasileira
Author: Nati Naville
Date: Jan 12, 2008
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About the trance scnene in Brazil - Portuguese and English version by Nati Naville
Date: Jan 12, 2008 - English version below - As megas raves e a cena underground brasileiraAs festas brasileiras estão cada vez maiores, mais popularizadas. Núcleos como Tribe, Kaballah, Psyde reúnem em suas produções 10, 20 mil pessoas em cada celebração. A cena cresce a cada dia e com ela seu público, seu local e consequentemente seus problemas. No Brasil é cada vez mais comum e virou moda ir a festas raves. Muitas vezes a curiosidade do público leva pessoas a pensarem que lá dentro podem-se consumir drogas livremente. Não que novas pessoas não possam entrar nesse universo eletrônico, tomarem o gosto pela cena, mas isso precisa ser verdadeiro. O espírito de celebração, de reunir e encontrar amigos, de viver a natureza, a arte e a música às vezes se perdem. Aqui no Brasil, temos muitas festas toda semana de diversos núcleos. Festas em várias cidades, no interior, na capital. Elas trazem mega atrações ou simplesmente novos artistas em seu line up. É bom ter várias opções a cada final de semana para quem gosta do estilo, mas vale pensar se a festa vale realmente a pena, se é séria, se tem segurança e mais do que isso se vai te fazer feliz e divertir. Ainda existem as festas privates. Festas bem menores que acontecem normalmente em chácaras, pequenos sítios, e que buscam reunir amigos dos amigos, amigos em comum. Normalmente as festas não são tão divulgadas, e só quem conhece algum organizador ou é amigo do amigo acaba tendo todas as informações. As privates muitas vezes são mais alternativas, bem mais tranqüilas, com poucas pessoas e estilos de som mais definidos. Festas como a Deep Trance e High Spirit buscam reunir amigos, no máximo 800,1000 pessoas e suas festas se concentram mais durante o dia e se estendem até a madrugada. O grande diferencial entre elas é a estrutura, número do público presente, tamanho do soundsystem, mas também quem vai tocar e o que você procura. Há também um resquício da cena underground brasileira. Clubs como D. Edge, Lov. e, entre outros, buscam em cada noite da semana um determinado público. Noites de electro, progressive, techno, minimal e drum bass se dividem pelos dias consecutivos. O público é mais específico e possuem características mais parecidas. Grandes atrações e destaque estão no line up e a noite é muito agradável. Normalmente essas festas acontecem durante a semana e se estendem até a manhã do outro dia. Uma ótima opção para dançar, relaxar e tirar o stress da semana. Há hoje em dia, poucos lugares mais undergrounds nas cidades, porque com a popularização da cena e dependendo de quem vai estar se apresentando, o público acaba lotando o club, e muitas vezes esse público não é mais tanto alternativo e nem possui identidade com a festa. É muito difícil hoje em dia alguma festa ou club 100% underground, alternativo. Quando as pessoas sentem necessidade disso, elas produzem festas específicas, cheias de arte como a Respect, Earthdance. Festas que procuram resgatar a essência dos velhos tempos. Essas que não se preocupam somente com um line up grandioso, mas com os artistas, performances, rituais, decoração, segurança, alimentação, conforto do público e principalmente na celebração, em cultuar bons momentos agradáveis, cheios de paz, música e magia. E há também os festivais de cultura alternativa tais como o Universo Paralello que acontece no final do ano na Bahia. Ele está cada vez maior em número de pessoas, mas também em estrutura, em atividades culturais e no conforto do público. Areias finas, mar azul, coqueiros, sombra. Esse visual é perfeito para festas, para dançar com pé na areia, tomar banho de mar e curtir dias e dias na mais perfeita harmonia com a natureza. O Brasil é muito rico em belezas naturais. Praias, montanhas, diversos tipos de vegetação, diversidade em pessoas, em lugares. Outro lugar maravilhoso para a celebração de festas é a Chapada dos Veadeiros em Goiás onde por alguns anos acontecia a Trancendence. Um local maravilhoso, energizante. Para se ter uma idéia, ao lado do dance floor havia cachoeiras para os dias de calor. A Trancendence possuía uma decoração bastante rústica, com bambus e lycras coloridas e palhas, e reunia um público mais roots, mais alternativo. Esse mês foi confirmado mais uma edição do festival que não acontece desde 2005. O festival acontecerá em julho de 2008 e com certeza terá uma identidade parecida, uma lembrança de um bom festival brasileiro. Por: Nati
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The mega raves and Brazilian underground sceneThe Brazilian parties are increasing their audience. Crews as Tribe, Kaballah and XXXperience attract 10 to 20 thousand people at each of their celebrations. The scene is growing every day and with it consequently its problems grow.
Here in Brazil we have many parties every weekend from many different crews in several places. They present big attractions or simply new artists in their line up. It is good to have several options to go to each weekend for those who like the style, but it’s also worth thinking if the party is well organized and has structure.Still there are the private festivals. Parties which take place at small sites normally, to meet friends of friends, friends in common. Usually the parties are not so mass- attended and only those who know any organizer or friend who knows about it get all the information. The big difference between them is the structure, amount of the public presence, size of the sound system, and who will play and what you demand. There is space for the Brazilian underground scene. Clubs like “D- Edge” or “Lov.e” look each night of the week for a particular audience. Nights of electro, progressive, techno, drum and bass or minimal take place on consecutive days. The audience is more specific and has more similar characteristics. Major attractions are highlighted in the line up and it frequently become very pleasant evenings. Usually these celebrations during the week run until the morning of the next day. A great option to dance, relax and forget the stress of the week.
Today there are only few real underground places in the cities, because with the popularization of the scene and depending on who is booked to play, the clubs are completely packed and often the audience is no more alternative and doesn’t identify with the party.
-- By: Nati
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